«A verdade é que nem todas estariam mortas e, estas que permaneceram vivas começaram a reproduzir-se a uma velocidade muito superior às nativas de Arcachon. Os franceses carinhosamente apelidaram-nas de les portugaises, imortalizando o episódio e, as ditas ostras.
«Com a ajuda de uma epidemia animal (vírus) e com o fim da primeira Grande Guerra, as ostras francesas quase foram dizimadas, tendo as portuguesas de Arcachon sido as Rainhas da mesa até 1966, altura em que os vírus encontraram o caminho até às nossas ostras. O negócio português foi ao fundo. Com o tempo, as coisas recompuseram-se, mas durante anos e anos as nossas ostras foram afastadas e proibidas na fausta culinária francesa.
«O que a natureza tem de bom, é que sempre cuida das suas preciosidades. E como quem não quer a coisa, sarou o mal das ostras. As portuguesas encontram-se entre as mais genuínas e apaladadas do mundo! Orgulhosos? Muito! Existem actualmente novas e saborosas formas de cozinhar e preparar as ostras, mas o que realmente importa é que a produção de ostra nacional terá novamente assento em Paris, dia 5 de Outubro (coincidência de datas bastante curiosa?), sendo dadas a degustar ao público mais exigente.»
do blogue Puro Veneno
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